quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O estúdio de retrato

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Ao contrário do que olhos menos atentos poderiam imaginar, a profissão de fotógrafo vem crescendo a níveis muito maiores do que no passado. A acessibilidade a equipamentos, softwares e referências estéticas nunca foi tão grande como nos dias de hoje.
 
Pessoas cada vez mais querem ser retratadas e o sintoma mais claro disso é que a venda de câmaras e celulares disparou. Redes sociais estão abarrotadas de imagens feitas por pessoas comuns em praticamente todas as situações do cotidiano. Isso significa que, além de vivermos um momento onde a imagem é imperativa, registrar momentos é a tônica dessa década.
 
No entanto as pessoas comuns não têm, de um modo geral, o conhecimento técnico e estético necessário para a realização de imagens belas e marcantes. E os poucos que têm, não podem dedicar horas de sua semana e também parte de seu orçamento para a realização de fotos familiares.
 
É aí que entra o estúdio de retrato. Um negócio quase tão antigo quanto a própria fotografia e mais atual do que nunca.
 
O movimento para a criação de estúdios profissionais começou no Brasil pela região Sul. Com poucas referências, empresários locais muniram-se de muita coragem e desbravaram uma área que até então era inédita no Brasil. Colhem hoje os bons frutos de seu pioneirismo.

Diferente de outras áreas da fotografia, a criação de um estúdio de retrato mais se assemelha à montagem de uma loja. O fotógrafo deve ter visão empresarial e cuidar de todos os pontos relevantes à montagem do empreendimento. Isso significa iniciar por um plano de negócios que, alimentado por pesquisas de mercado realizadas pelo próprio fotógrafo, irá oferecer as bases para a realização do negócio.
 
Como qualquer empresa, terá que contar com a estrutura física necessária à realização dos trabalhos, qual seja, recepção, banheiros, estúdio, escritório, sala de tratamento de imagem e, claro, os equipamentos para a realização das imagens.
 
Deverá também ter funcionários especializados que possam atuar em áreas como marketing, vendas, atendimento, produção e pós-produção, ainda que, pelo menos no início, um mesmo funcionário tenha que acumular funções. Caso não se tenha recursos financeiros para a contratação de funcionários, o fotógrafo poderá terceirizar parte dessas funções ficando responsável por seu controle e administração.
 
Tendo a estrutura, um Plano de Marketing dará ao fotógrafo proprietário do estúdio as bases para comunicar ao público sua identidade como empresa, seus valores e fornecerá o caminho estratégico e tático para que alcance seus objetivos comerciais.

Aquele ideal romântico do Glauber Rocha (“uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”) ficou para trás há muito tempo. O fotógrafo que quiser alcançar sucesso com a fotografia de estúdio tem que pensar como empresário e não mais como fotógrafo apenas.
 
Portanto, se quiser enveredar para essa área, prepare-se. Você terá muito trabalho, mas a recompensa e o retorno em termos de satisfação profissional valerá cada minuto de seus esforços.


Eduardo Becker - © 2012

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