terça-feira, 3 de julho de 2012

Viciados em tecnologia

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Uma boa parte dos fotógrafos que conheço são verdadeiros aficionados por equipamentos e tecnologia. Sonham em possuir aquela super lente, a última novidade em equipamento, seja ele fotográfico ou computadores e tablets. Empregar horas a fio na busca de informações técnicas em fóruns, sites de avaliação e em conversas com outros fotógrafos. Eles são dotados de uma imensa fome tecnológica.
 
Há outros tantos que são quase que viciados em livros de fotografia. Passam horas em livrarias ou em sites de internet olhando imagens feitas por outros fotógrafos ou até mesmo pintores e ilustradores. São os que têm fome visual.
 
Tudo isso é extremamente importante, porque um bom fotógrafo tem que estar atualizado em relação à evolução tecnológica de suas ferramentas de trabalho. Têm também que olhar e estudar muitas imagens, porque é a partir desse repertório que poderá criar imagens belas e impressionantes.
 
Uma boa parte dos fotógrafos acima mencionados é, ou está em vias de se tornar, profissional da fotografia. Só pra lembrar, fotógrafo profissional é aquele em tem a fotografia  como atividade remunerada.
 
Entre esses, tenho visto pouquíssimos com outras fomes igualmente importantes. A fome de estudar técnicas de marketing e vendas, por exemplo, cujo conhecimento é fundamental par trazer mais clientes e consequentemente dinheiro pra dentro do estúdio. Vejo também poucos deles terem alguma fome em saber os assuntos que interessam a seus clientes. Por exemplo, se eu sou um fotógrafo de comida, terei como clientes pessoas que tem na comida sua fonte de renda, seja em um restaurante, um mercado ou coisa que o valha.
 
Ora, se eu tiver um real interesse pelos assuntos que interessam ao meu cliente, me tornarei mais próximo dele porque partilharemos do mesmo gosto. Se eu for para uma reunião com o cliente e demonstrar, em minha conversa, que não entendo do negócio dele, estarei sob o risco de perder aquele cliente para outro fotógrafo que conheça profundamente as necessidades daquele cliente. Suas chances de vender um serviço alguém aumentam na razão direta do seu entendimento dos assuntos relacionados aos interesses daqueles pra quem você quer fotografar.
 
Além disso, há a questão da gestão da sua empresa de serviços fotográficos. Ainda que ela seja no escritório da sua casa, não deixa de ser uma empresa que, para sobreviver, tem que ser bem administrada.
Tente lembrar quando foi a última vez que você frequentou um curso de vendas, de gestão financeira, de marketing. E se fez, com que frequência se atualiza e busca novas informações que poderiam lhe ajudar a faturar mais?
 
Cursos e livros sobre esses temas não custam caro. Pelo menos não tão caro quanto aquela lente f:2.0 que você quer tanto comprar.  Só que uma lente talvez não faça você ganhar mais dinheiro. Conhecimento sim, faz você ganhar dinheiro suficiente para comprar aquela lente entre outras coisas.
 
O dinheiro aplicado em conhecimento sobre gestão não é considerado gasto, mas investimento. Porque volta para o seu bolso multiplicado.
Se você pensa em se profissionalizar ou já é fotógrafo profissional, passe em retrospecto sua vida profissional, seus interesses imediatos relativos à fotografia e faça uma autoanálise, diante do espelho, perguntando-se: Você tem fome de que?

Eduardo Becker - © 2012

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