segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os 5 medos que destroem sua criatividade


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Quando falamos em criatividade, não nos referimos apenas e tão somente à elaboração de imagens bacanas e elogiáveis. A criatividade está em tudo o que fazemos em nossa atividade e, porque não, em nossas vidas.
  
Somos criativos quando temos um problema para resolver repentinamente e não temos os recursos que gostaríamos ou de que necessitaríamos para sua solução. Então temos que inventar uma saída e, para isso, apelamos à velha criatividade.
  
Contudo, e falando mais especificamente da fotografia, o mundo tem apresentado um conjunto enorme de mudanças, e que ocorrem muito rapidamente. A tecnologia traz  mudanças a cada dia, as iniciativas de crowdsourcing tem feito o mundo rever os conceitos de direitos autorais, os modelos de licenciamentos utilizados na mídia impressa mudam quando se trata de mídias digitais, etc. Para não sermos pegos de surpresa, temos que estar sempre prontos a agir e colocar nossa criatividade a serviços da solução de nossos problemas.
  
Entretanto vemos que muita gente – e isso ocorre nos piores momentos – permite que alguns medos bloqueiem suas iniciativas. Claro que não dá pra ser sempre aquela pessoa que jamais sente medo. O medo é inerente à condição humana e é nosso papel aprender a lidar com ele. Como diz o velho adágio, coragem não é perder o medo – é agir apesar do medo.
Inúmeros são os temores humanos. Destacamos aqui os cinco medos mais comuns e que podem ser a diferença entre o fracasso e o sucesso do fotógrafo.

Medo da mudança
Esse talvez seja o medo mais comum em todo o planeta. Como seres humanos, tememos o desconhecido e sentimo-nos confortáveis em situações e ambientes que nos são familiares. Aprendemos a fazer um tipo de fotografia, a lidar com um segmento de clientes, a trabalhar com um tipo de equipamento e acabamos por acomodarmo-nos em situações conhecidas.  Essa sensação de conforto em lidar com o já sabido acaba por nos impedir de tentar novos caminhos, novas maneiras de fazer as mesmas coisas ou de fazer coisas novas. E essa estagnação é um dos mais danosos efeitos do medo de mudar.
  
Devemos lembrar que mudança significa evolução e crescimento. Ainda que eventualmente uma ou outra mudança não ocorra da maneira que esperávamos, elas sempre trarão algum ensinamento útil para o nosso trabalho, para a nossa vida. E de qualquer modo, as mudanças são sempre muito melhores do que a estagnação, pois estão em acordo com o funcionamento do universo do qual fazemos parte.

Medo da luta
Convenhamos. Fácil mesmo era no tempo em que nossas mães faziam tudo pra gente e nossa maior preocupação era passar de ano na escola  e decidir do que iríamos brincar depois dos estudos.
 
Para muita gente, essa sensação de conforto ficou marcada e perdurou até a vida adulta. Algumas pessoas ficam simplesmente paralisadas  e não fazem absolutamente nada de suas vidas por conta disso. Para tantas outras, em maior ou menor grau, esse medo se reflete em metas pouco ambiciosas. As pessoas acabam pensando pequeno e não se permitem sonhar muito alto. Para isso, utilizam um sem-número de desculpas: “é difícil”, “é caro”, “gasta muito tempo”, “não sei fazer isso”, “não é pra mim”, etc.
 
Lembre-se, no entanto, que pra tudo tem um jeito – inclusive para a falta de dinheiro. Se o desafio lhe parecer muito grande, divida-o em partes menores e ataque uma por vez. Se você não se sente competente, vá aprender. Se achar difícil, trace um plano que comece pelo mais fácil e vá aumentando o grau de dificuldade.
 
Ser criativo implica necessariamente trabalhar duro e estudar muito, de forma a ir construindo pouco a pouco um arsenal de ideias que, juntas poderão ser a solução de um problema que precisamos resolver.

Medo de valorizar seu trabalho
Creio que em algum momento de nossas vidas, todos nós já sentimos esse medo. Ele ocorre quando cedemos à pressão dos clientes e damos descontos desnecessariamente (e depois voltamos para nosso estúdio remoendo a raiva de nós mesmos por termos cedido). Ocorre também quando aceitamos um contrato absolutamente injusto apenas para conseguirmos pegar a conta daquela agência importante, ou daquela revista famosa.
 
Você trabalhou, estudou, investiu tempo e dinheiro na compra de equipamentos e computadores, abriu mão de ficar com a família para poder viajar e fotografar seu portfólio, enfim, usou sangue, suor, lágrimas, dinheiro e tempo para poder chegar ao ponto de vender seu trabalho no mercado. Porque se esquecer de tudo isso no momento de dar o preço? Porque só o cliente pode levar vantagem financeira em cima daquilo que você faz?
 
OK, você pode perder aquele cliente. Mas, pense um pouco. Um cliente que te explora e suga o seu sangue, o seu suor, suas lágrimas, seu tempo e seu dinheiro, é realmente um cliente que você quer ter? Você teve todo esse trabalho para poder viver honrosamente sua profissão e dela tirar seu sustento, e não para sustentar aquele cliente que não valoriza isso tudo. Deixe claro para seu cliente que você não está lhe fazendo um favor, você está trabalhando. Merece ser adequadamente remunerado por isso.

Medo de não ser aceito
O medo de aceitar o próprio valor se revela naquela voz inconsciente que fica a todo o momento nos dizendo: “você não é bom o suficiente”, “você é uma fraude – logo mais alguém irá perceber que você não é tão bom assim”, “o mercado está cheio de fotógrafos melhores que você”. 
 
Mas, ainda que você não seja tão bom assim num determinado momento de sua carreita, veja quantos exemplos na música, no teatro, no cinema, no escritório, no futebol e na fotografia, de pessoas que são muito ruins, e fazem um tremendo sucesso. O que será que faz com que, mesmo sendo muito ruins, elas fiquem famosas e ricas ou que pelo menos sobrevivam decentemente de seu trabalho? A resposta para isso é “autoestima”. Se você não se valorizar e valorizar o seu trabalho, quem o fará? Poucas pessoas gostam ou têm paciência em lidar com gente de baixa estima. Pense em você mesmo quando teve que negociar com alguém que não se valorizava: como se sentiu? Pois é, se você não impuser o seu próprio valor (e você tem que acreditar que tem valor), dificilmente encontrará um cliente que tenha paciência para aguentar um coitadinho.

Medo do sucesso
Pode parecer inacreditável, mas muita gente tem medo de dar certo na vida. Muito próximo do medo da mudança e do medo de valorizar seu trabalho, o medo do sucesso se manifesta em um mecanismo quase inconsciente de autossabotagem. E esse mecanismo geralmente apresenta-se sob duas formas: negatividade e apatia. É quando você olha o mercado e acha que ele já esta saturado, ou quando você vai a um cliente e ele já trabalha com um fotógrafo famosão, então é melhor nem tentar.
 
Em boa parte das vezes, o fotógrafo até tem o talento e as habilidades necessárias para alcançar um alto grau de sucesso, mas lhe falta a força de vontade e a disciplina para fazer acontecer. São aquelas pessoas que a todo o momento estão falando sobre seus sonhos, metas e objetivos, mas estão sempre andando em círculo ou estão ocupadas com inúmeras tarefas.
 
Mas se o sucesso é bom e desejável, porque o medo? Na maioria das vezes é porque  o sucesso leva a uma radical mudança no status quo da mediocridade que algumas pessoas constroem ao redor de si mesmas. Apenas lembrando que medíocre não é ofensa – medíocre é aquele estado morno, sem sal e sem açúcar, nem bom, nem ruim, médio, medíocre. 
 
Ter sucesso significa mudanças profundas no dia a dia. Junto com ele vêm grandes responsabilidades, expectativas mais altas, mudança no sistema de vida, autodescoberta e a percepção de que se a pessoa falhar cairá lá do alto (o que aparentemente é mais doloroso). Então, por medo de passar por tantas mudanças, a pessoa prefere ficar onde está, que é bem mais confortável e seguro. Mas como não pode admitir pra si mesmo todos esses medos, sua mente acaba criando mecanismos inconscientes de autossabotagem, porque o sucesso é assustador para ela.
 
Lembre-se, no entanto, que só há sucesso para quem se arrisca. O risco provoca medo em todo mundo, em mim, em você e até na pessoa mais poderosa do mundo, já que é inerente à natureza humana. Nessas horas, vale lembrar o que foi escrito poucas linhas acima nesse texto: “coragem não é a ausência de medo – coragem é agir APESAR do medo”.

Eduardo Becker - © 2012

2 comentários:

  1. Como sempre Eduardo Becker, EXCELENTE TEXTO,perfeito para mim e para muitos fotógrafos que encontram-se talvez em algumas destas mesmas situações. Obrigado, valeu! Um Grande Abraço!

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  2. Medo resume bem! Além dos medos citados ainda colocaria o medo de falhar tecnicamente (imagina falhar em um casamento!). E sempre tem o medo de sua visão/fotografia não ser "aceita" pelos outros.
    Bom lembrante, medo não some e temos que ficar relembrando que ele existe e pode/deve ser superado!

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