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Quando falamos em criatividade,
não nos referimos apenas e tão somente à elaboração de imagens bacanas e
elogiáveis. A criatividade está em tudo o que fazemos em nossa atividade e,
porque não, em nossas vidas.
Somos criativos quando temos um
problema para resolver repentinamente e não temos os recursos que gostaríamos
ou de que necessitaríamos para sua solução. Então temos que inventar uma saída e,
para isso, apelamos à velha criatividade.
Contudo, e falando mais especificamente
da fotografia, o mundo tem apresentado um conjunto enorme de mudanças, e que
ocorrem muito rapidamente. A tecnologia traz mudanças a cada dia, as
iniciativas de crowdsourcing tem
feito o mundo rever os conceitos de direitos autorais, os modelos de licenciamentos
utilizados na mídia impressa mudam quando se trata de mídias digitais, etc. Para
não sermos pegos de surpresa, temos que estar sempre prontos a agir e colocar
nossa criatividade a serviços da solução de nossos problemas.
Entretanto vemos que muita gente –
e isso ocorre nos piores momentos – permite que alguns medos bloqueiem suas
iniciativas. Claro que não dá pra ser sempre aquela pessoa que jamais sente
medo. O medo é inerente à condição humana e é nosso papel aprender a lidar com
ele. Como diz o velho adágio, coragem não é perder o medo – é agir apesar do
medo.
Inúmeros são os temores humanos. Destacamos aqui os cinco
medos mais comuns e que podem ser a diferença entre o fracasso e o sucesso do
fotógrafo.
Medo da mudança
Esse talvez seja o medo mais
comum em todo o planeta. Como seres humanos, tememos o desconhecido e
sentimo-nos confortáveis em situações e ambientes que nos são familiares.
Aprendemos a fazer um tipo de fotografia, a lidar com um segmento de clientes,
a trabalhar com um tipo de equipamento e acabamos por acomodarmo-nos em situações
conhecidas. Essa sensação de conforto em
lidar com o já sabido acaba por nos impedir de tentar novos caminhos, novas
maneiras de fazer as mesmas coisas ou de fazer coisas novas. E essa estagnação
é um dos mais danosos efeitos do medo de mudar.
Devemos lembrar que mudança
significa evolução e crescimento. Ainda que eventualmente uma ou outra mudança
não ocorra da maneira que esperávamos, elas sempre trarão algum ensinamento
útil para o nosso trabalho, para a nossa vida. E de qualquer modo, as mudanças
são sempre muito melhores do que a estagnação, pois estão em acordo com o
funcionamento do universo do qual fazemos parte.
Medo da luta
Convenhamos. Fácil mesmo era no tempo em que nossas mães
faziam tudo pra gente e nossa maior preocupação era passar de ano na
escola e decidir do que iríamos brincar
depois dos estudos.
Para muita gente, essa sensação
de conforto ficou marcada e perdurou até a vida adulta. Algumas pessoas ficam
simplesmente paralisadas e não fazem
absolutamente nada de suas vidas por conta disso. Para tantas outras, em maior
ou menor grau, esse medo se reflete em metas pouco ambiciosas. As pessoas
acabam pensando pequeno e não se permitem sonhar muito alto. Para isso,
utilizam um sem-número de desculpas: “é difícil”, “é caro”, “gasta muito tempo”,
“não sei fazer isso”, “não é pra mim”, etc.
Lembre-se, no entanto, que pra
tudo tem um jeito – inclusive para a falta de dinheiro. Se o desafio lhe
parecer muito grande, divida-o em partes menores e ataque uma por vez. Se você
não se sente competente, vá aprender. Se achar difícil, trace um plano que
comece pelo mais fácil e vá aumentando o grau de dificuldade.
Ser criativo implica
necessariamente trabalhar duro e estudar muito, de forma a ir construindo pouco
a pouco um arsenal de ideias que, juntas poderão ser a solução de um problema
que precisamos resolver.
Medo de valorizar seu
trabalho
Creio que em algum momento de
nossas vidas, todos nós já sentimos esse medo. Ele ocorre quando cedemos à
pressão dos clientes e damos descontos desnecessariamente (e depois voltamos
para nosso estúdio remoendo a raiva de nós mesmos por termos cedido). Ocorre
também quando aceitamos um contrato absolutamente injusto apenas para
conseguirmos pegar a conta daquela agência importante, ou daquela revista
famosa.
Você trabalhou, estudou, investiu
tempo e dinheiro na compra de equipamentos e computadores, abriu mão de ficar
com a família para poder viajar e fotografar seu portfólio, enfim, usou sangue,
suor, lágrimas, dinheiro e tempo para poder chegar ao ponto de vender seu
trabalho no mercado. Porque se esquecer de tudo isso no momento de dar o preço?
Porque só o cliente pode levar vantagem financeira em cima daquilo que você
faz?
OK, você pode perder aquele
cliente. Mas, pense um pouco. Um cliente que te explora e suga o seu sangue, o
seu suor, suas lágrimas, seu tempo e seu dinheiro, é realmente um cliente que
você quer ter? Você teve todo esse trabalho para poder viver honrosamente sua
profissão e dela tirar seu sustento, e não para sustentar aquele cliente que
não valoriza isso tudo. Deixe claro para seu cliente que você não está lhe fazendo
um favor, você está trabalhando. Merece ser adequadamente remunerado por isso.
Medo de não ser
aceito
O medo de aceitar o próprio valor
se revela naquela voz inconsciente que fica a todo o momento nos dizendo: “você
não é bom o suficiente”, “você é uma fraude – logo mais alguém irá perceber que
você não é tão bom assim”, “o mercado está cheio de fotógrafos melhores que
você”.
Mas, ainda que você não seja tão
bom assim num determinado momento de sua carreita, veja quantos exemplos na
música, no teatro, no cinema, no escritório, no futebol e na fotografia, de
pessoas que são muito ruins, e fazem um tremendo sucesso. O que será que faz
com que, mesmo sendo muito ruins, elas fiquem famosas e ricas ou que pelo menos
sobrevivam decentemente de seu trabalho? A resposta para isso é “autoestima”.
Se você não se valorizar e valorizar o seu trabalho, quem o fará? Poucas
pessoas gostam ou têm paciência em lidar com gente de baixa estima. Pense em
você mesmo quando teve que negociar com alguém que não se valorizava: como se
sentiu? Pois é, se você não impuser o seu próprio valor (e você tem que acreditar
que tem valor), dificilmente encontrará um cliente que tenha paciência para
aguentar um coitadinho.
Medo do sucesso
Pode parecer inacreditável, mas
muita gente tem medo de dar certo na vida. Muito próximo do medo da mudança e
do medo de valorizar seu trabalho, o medo do sucesso se manifesta em um
mecanismo quase inconsciente de autossabotagem. E esse mecanismo geralmente
apresenta-se sob duas formas: negatividade e apatia. É quando você olha o
mercado e acha que ele já esta saturado, ou quando você vai a um cliente e ele
já trabalha com um fotógrafo famosão, então é melhor nem tentar.
Em boa parte das vezes, o
fotógrafo até tem o talento e as habilidades necessárias para alcançar um alto
grau de sucesso, mas lhe falta a força de vontade e a disciplina para fazer
acontecer. São aquelas pessoas que a todo o momento estão falando sobre seus
sonhos, metas e objetivos, mas estão sempre andando em círculo ou estão
ocupadas com inúmeras tarefas.
Mas se o sucesso é bom e
desejável, porque o medo? Na maioria das vezes é porque o sucesso leva a uma radical mudança no status quo da mediocridade que algumas
pessoas constroem ao redor de si mesmas. Apenas lembrando que medíocre não é
ofensa – medíocre é aquele estado morno, sem sal e sem açúcar, nem bom, nem
ruim, médio, medíocre.
Ter sucesso significa mudanças
profundas no dia a dia. Junto com ele vêm grandes responsabilidades, expectativas
mais altas, mudança no sistema de vida, autodescoberta e a percepção de que se
a pessoa falhar cairá lá do alto (o que aparentemente é mais doloroso). Então,
por medo de passar por tantas mudanças, a pessoa prefere ficar onde está, que é
bem mais confortável e seguro. Mas como não pode admitir pra si mesmo todos
esses medos, sua mente acaba criando mecanismos inconscientes de
autossabotagem, porque o sucesso é assustador para ela.
Lembre-se, no entanto, que só há
sucesso para quem se arrisca. O risco provoca medo em todo mundo, em mim, em
você e até na pessoa mais poderosa do mundo, já que é inerente à natureza
humana. Nessas horas, vale lembrar o que foi escrito poucas linhas acima nesse
texto: “coragem não é a ausência de medo – coragem é agir APESAR do medo”.
Como sempre Eduardo Becker, EXCELENTE TEXTO,perfeito para mim e para muitos fotógrafos que encontram-se talvez em algumas destas mesmas situações. Obrigado, valeu! Um Grande Abraço!
ResponderExcluirMedo resume bem! Além dos medos citados ainda colocaria o medo de falhar tecnicamente (imagina falhar em um casamento!). E sempre tem o medo de sua visão/fotografia não ser "aceita" pelos outros.
ResponderExcluirBom lembrante, medo não some e temos que ficar relembrando que ele existe e pode/deve ser superado!